Comércio de sanguessuga
Em todo o lado nos gruda
São anelídeos fadistas
A máfia que dá nas vistas
Em cada esquina há um verme
A degustar nosso sangue
Contorcem-nos, lado a lado
E nós! Lhes chamamos fado!
Sábias, virtuosas criaturas
Fazem-nos vidas duras!
E tantos, tantos que há
Nesse reino de mazá
Cada um no seu poleiro
Saídos do seu bicheiro
E vai que o Povo treme
O ataque, de modo infame!
De impostos, não há perdão
Levam graúdo quinhão
Atacam a mente e os bolsos
Com os deveres tão grossos
…
E Zé-povinho, o que teme?
…:
_ Além do aperto do cinto,
Que angústia por dentro sinto!
Eu temo estes sugadouros…
_ Que será dos nossos vindouros?
Quero dormir descansado…
Mas…
Há velhacos por todo o lado…
Não haverá ninguém não
Que a estes feitos, ponha mão?
Não estará este Universo,
… De velhacos também possesso?
Ou será isto o sucesso
De quem badala o progresso?
14 de Janeiro de 2011
Também me sinto indignada, e muito preocupada...
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