segunda-feira, 12 de julho de 2010

O tempo não espera

O tempo não espera…

O tempo não espera que fiquemos sempre crianças
Avança, multiplica, ramifica… nossas esperanças…

Passaram trinta e cinco anos, afinal
Este local espera-nos muito igual
A vegetação dá sinais de querer falar:
_Aqui, ainda reside o vosso olhar, o vosso cuidar!
Ecos, compilações de factos, sorrisos…
Nestes arborescentes ficaram repartidos
Todos os momentos aqui ficaram guardados
As saudades e as despedidas, tesouros calados!

Dia a dia, outros casais por aqui namoram
Porém, as nossas folhas muitas vezes choram
Têm saudades do vosso partilhar
Da vossa alegria que nos fazia sonhar

Prezamos hoje a vossa passagem
Que beleza nos traz!...vosso olhar de coragem
Esse olhar de nostalgia
Que partilha outra alegria
Refrescamos e enraizamos vossa visita
Esperando que no tempo se repita

Os rebentos e a cepa que mostrais
Não vamos esquecer jamais
Irradiamos-lhe nossa energia
Felicitamos-lhes cada dia, mais um dia
Num futuro que lhes saiba comunicar
A beleza, o encanto, do saber Amar

Amar cada amigo, cada momento
Amar cada ser vivo, cada rebento…
Amar o belo e o menos belo
Amar a essência do que é singelo
Amar afinal as pegadas da VIDA
Quão maravilhosa!!! Se REPARTIDA…!

Viseu FTL….04/07/2010
Maria Guida