segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Viva a música

Absorva os sons e o silêncio, no tempo
                                           Perca-se neles em cada momento…

Emerja o musical, com performance
Oiça, entranhe nele, sorria e dance             
É arte, é terapêutica, é etéreo, é militar
É teatro, é poesia, é uma força de amar
É ritmo, é melodia, é fruto educacional
Em seu corpo, nunca haverá gozo igual

Rocambolescos teatros musicais
Encante sua vida, com tais rituais
Ideia a ideia, firme, abandone a rigidez,
Como aguarela que na água se desfez
O seu presente, num ápice é lenda
Não há tempo que estaque e o defenda!

Sente, escolha a postura de lótus
Reponha os sentidos, apostos
Cobre-lhes sua inteira harmonia
Aflore cada célula, viva a melodia
Conduza a música, em seu coração
Controle sua paz… está na sua mão!

maria guida

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Jady brincalhona :)!



Jady! Brincalhona!
Seis anos de dona
Não pára, ai não
Tanta impaciência
Brincar por excelência
É o teu senão…

Também a avó…

Com tantos senãos
Ai se levava nas mãos...!
Me chamavam cabrita
Como eu era saltita!
 Passar pelo tempo, curou
E me responsabilizou...

E TU
De todos nós herdaste…
Da traquinice te enamoraste
Com tua alegria, vais assentar
E da escolinha vais gostar
Aí, vais mostrar tua arte
Cada passo vai alegrar-te
E pra ti, criança animada… J
Cada dia, vai haver alvorada!
A tua luta começa aqui
Pelo teu brio apelemos
E a teu lado, queremos
Uma luz, bem viva em TI

Bem depressa a saber ler
Pra degustar muito livro
São eles, um Melhor amigo
Que te vai fazer crescer…

                                      


Para a minha Jady, em 24 de Janeiro de 2011



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

À medida que avanço...




À medida que avanço                                                   
Há algo dentro de mim
Dessa ânsia, vou à cata
Mas salta-me a alpercata              
Não consigo ver um fim
E é sempre, sempre assim…

Nunca fico satisfeita
Fico meia contrafeita
Quero sempre, mais um lanço
Mas projectam-me em balanço
_ Não era assim que eu queria
_ Doutro modo, melhor faria…
Mas que grande confusão!
Não haverá conclusão?!

Águas - furtadas da alma, incríveis
Que nos fazem baloiçar e recordar
O que nunca, quiçá, sucedeu…
Sentem-se feitos, indefiníveis
Difíceis de catalogar…
 Será problema meu?
Olha-me eu!




O princípio para mim é cada fim…
Embrenho-me como eterno serafim!
Procurando o que mais quero fazer
 E novas derivas, eu quero haver
Há reflexos fumosos em meus óculos
Quem serão estes imbróglios?                                
Fico indagando, sigo na boleia
Mas zango-me, com cada ideia…

Ideias que me seguem, como cães fiéis
Para elas, não há controlo, nem leis
O Oceano do Tempo…
Não pára este Movimento
Devolve recordações enterradas
Segredos fechados, nas águas - furtadas!

Vida feiticeira, gramofone encantado
Onde vai, teu hipnótico perfumado?
Irradiando o silêncio da conclusão…
Ou, contradizendo a minha ilação?

maria guida
25 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Como por magia…


Olho a teu redor que também é o meu
Silencio no tempo, oro ao céu
Volto olhos à terra, a este lugar nosso
Lá em cima, as estrelas
Dão-te o que eu não posso
Sonhos de luta, para teus rebentos
Alegrias, com sabores imensos
E tu feliz por tê-las
Lutas com a vida, na tua verdade
Mexes em mim, a pura saudade
Do que é a” idade”

Três décadas passaram, no tempo
Mas… como por magia
Voaram, num ápice momento
O que ontem era, a tua folia
É hoje, a dos teus filhotes…
Que transmitem a alegria
Como a pureza dos bosques.

Que nosso ancestral seguro, caminhe
Acompanhe todas as épocas, bem firme
Valide este Universo, em próis e vitórias
Agradecemo-las! Sem vaidades vanglórias
Pois, cada exemplo simples e humilde
Coloca-nos a alma bem firme
Pontos de apoio, que a vida carece
Para, nos dar bem merecido…
…………………………………o que do mundo, se merece…


                  A vós quatro  dedico…
                                                                                      Em, 2011-01-19
maria guida
   

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sanguessugas do progresso?

Comércio de sanguessuga
Em todo o lado nos gruda
São anelídeos fadistas
A máfia que dá nas vistas

Em cada esquina há um verme
A degustar nosso sangue
Contorcem-nos, lado a lado
E nós! Lhes chamamos fado!

Sábias, virtuosas criaturas
Fazem-nos vidas duras!
E tantos, tantos que há
Nesse reino de mazá

Cada um no seu poleiro
Saídos do seu bicheiro
E vai que o Povo treme
O ataque, de modo infame!

De impostos, não há perdão
Levam graúdo quinhão
Atacam a mente e os bolsos
Com os deveres tão grossos                                     
E Zé-povinho, o que teme?
…:
_ Além do aperto do cinto,
Que angústia por dentro sinto!
Eu temo estes sugadouros…
_ Que será dos nossos vindouros?
Quero dormir descansado…
Mas…
 Há velhacos por todo o lado…

Não haverá ninguém não
Que a estes feitos, ponha mão?
Não estará este Universo,
… De velhacos também possesso?
Ou será isto o sucesso
De quem badala o progresso?

 14 de Janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Que levas na cesta?

Cesta de palha pintada
Foi ser vivo lá do quelho
Certo dia…
 O vovô de mão pesada
Ceifou-a, e fez um vincelho

Guardou o feixe, secou-o
E fez dele um habitat
Tão lindo, com duas asas,
Enfeita as nossas casas,
E tanto jeito nos dá!

Merendeiro  leva  carinho
Que colhi da minha infância
A tia-avó, seus miminhos…
Suas forças de abundância !!!

Passeia por esta terra
Com varinha de condão
Faz-nos vencer esta guerra
Em cada dia,” a nossa Nação”

margui
                       10 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Noite de reis



Boa noite, hoje eu sou rei
Meu camelo, eu vou montar
Desde o Natal não parei
Noite e dia trabalhei                                                                                
Onde me irá ele levar?

Trouxe-me a estas crianças
Que precisam de carinho
E decerto, outras andanças...
Prevejo um longo caminho…
...
Nos lares estou repousando
Encantando os meus velhotes
Suas lágrimas vão enxugando
Apertam, meus braços fortes

Hoje, não canto pelas portas
Que chouriços já não dão!
Com a crise em que estamos
Valha-nos Deus, se houver pão!

Quando era espigadote
Fogosa! esta madrugada
Agora? O povo anda triste!
O convívio foi ” à fava”.

Plos muitos, que têm fome
Ao Governo, hoje cantarei
Direi que o povo não dorme
Queremos a Lei para a Grei!


Lilases

                   
Com elas transmito                                                                                 
Com elas eu sinto
Com elas te escrevo
Com elas sem medo
Eu lanço o meu peito
E fico sem jeito
Porque
Este amor que é só teu
Teu jeito mo convenceu…

Hoje, nesta caminhada
Saboreio, a cada passo, a jornada
Agradeço ao Universo tua companhia
E para nós peço, sempre mais um dia
Nesta galáxia tudo é omnipresente
Sou tua andorinha evolvente
 E nestas andanças lilases
Os nossos sonhos são capazes
De ultrapassar este azul planeta
Amar cada passo, seja ele de embaraço
Largando ao vento, limpador do espaço
O que para nós…apenas é treta!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dois mil e onze


Mais um ano, uma medida                                                                      
Que o homem planta no tempo
Ela passa de corrida
Ficamos em desalento!

Pensamos naqueles anos
Que deixámos para trás
E bradamos “ai tiranos”
A mudança que nos faz!

Perante tais cefaleias
Sabem o que aconselho?
Livre-se dessas ideias
Não pense que está velho

Isto do tempo contar
Não é receita correcta
Andamos a baralhar
A vida que nos é certa

À mais pequena medida
Dá-lhe o devido valor
Não estragues a corrida
Cada idade tem fulgor!

Viva a vida com amor!...

margui