domingo, 26 de junho de 2011

A maior inconscìência


Numa qualquer doença, mesmo que passageira
Repensamos a vida, de uma outra maneira

A maior inconsciência nesta nossa lida
É, de cada humano, a sua própria vida
Se dentro dela não nos maravilharmos
Perde-se a beleza,
A energia
Plos caminhos que trilharmos
O oceano continua furioso
A terra, uma calma, silêncio harmonioso
As montanhas e rochedos dominam sem dor
A luz do dia muda de intensidade e cor
Todos os seres vivos, a força deste além…
Espetáculo inaudito! Saboreamo-lo bem?

Quantos a cada manhã,
Terão a consciência
 Do privilégio de :
Ver
Mexer
Tocar
Sonhar
Sentir
E ouvir …e agradecer?                                                                  
Não adianta correr, zangar, ser pedra dura
O tempo?!
A ninguém espera, vamos com ele e cura…
E porque não, chorar, se não se quer rir?
Resta-nos com ele ir!
Chorar, por sofrer, também é sorrir…

E depois de cada doença, mesmo que amiúde
Dá-se mais-valia,
A um niquinho de saúde…!

A maior inconsciência nesta nossa lida
É, de cada humano, a sua própria vida...

maria guida


sábado, 18 de junho de 2011

mal me quer, bem me quer, tudo, nada

 


Mal me quer, bem me quer, tudo, nada
Dizia no meu tempo a raparigada
Soltávamos cada pétala, com muito cuidado
E o pensamento, lá longe, no namorado...
...
Na última pétala!…

Delirávamos de alma contente
Se o J tudo J estivesse presente

Hoje,
Não vou soltar pétalas de amor…
Delicio-me a cuidar esta linda flor...
Renascem os nervos sentimentais
São dados guardados
De doces lembranças
São grandes caudais…

Guardo sua sombra, na palma da mão
 necessidade de atiçar o coração
Sinto-me gaiata, nada disto é treta
A consciência associa,
... que bem interpreta! …
Com esta flor, vejo-me em festanças
Reabre-se o amor de duas crianças…

Beijinhos de bem querer
maria guida

sábado, 11 de junho de 2011

E nesta calma, a minha calma aconteceu...


Abro a cortina
Pela matina
Quanta beleza,… eu vejo!
Agradeço este ensejo!

Verdes variegados
Telhados reformados
Vales, rios e serras
São a alma, destas terras
…                                                
Abro a janela…
Uma aragem me sacode:
 _ Ainda em casa?
Não pode!
_ Há várias horas de claridade
Vem, saboreia esta realidade.

Saio…
Subo e desço montes
Bebo água de frescas fontes
Banho-me nas cachoeiras
Das escondidas ribeiras
Vejo em cada cascata
Uma seiva de prata
E em cada animal
Brandura desigual

As aldeias fantasma
Apertam-me de asma
Há algo de gostosa dor, de mágico
De profundidade, neste fantástico…

…Sento-me…
Sentir-me-ei bem ou mal ?...
As fragas respondem com revês:
_ É só o matagal
Dos rios Caldo, Arado, Gerês…

Termas e rios
Suores e calafrios
São terras do Bouro
A quietude dum tesouro

Maravilhada…, levanto-me…

Olho o que o teto me traz                   
Sinto um todo absoluto, uma paz

…Estes cumes tocam o céu
Este silêncio mago é só meu!

E nesta calma, a minha calma aconteceu!

Maria Guida 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Manjerico,ai ai que rico!


Já me cheira a manjerico…!
E ai que vaidosa eu fico…
Maluquice?! Não importa…
Que perfume à minha porta!

Que aromas me dais amigos…!
Sem vós, que Festas e convívios?
Abano e beijo cada ramalhete
No meu perfumado alegrete!

Amua a resistente estrelícia
Acaricio-a também com delícia
Mas de noite, elegante, pela calada
Com os manjericos fica danada
Tem ciúme de seu perfume
Dos contos que vêm a lume
Eles
Cochicham dos santos, das sardinhadas
Das alegrias nas esplanadas
Dos bailaricos em cada esquina
Dos mafarricos, gente traquina
Das  noites à martelada
Em brincadeira, endiabrada

Falam do alho-porro, do rosmaninho
Da galhofa de tanto Santinho
Do que se queima pelas fogueiras
De tantas, tantas quadras brejeiras…
           
Só nós sabemos dos namoricos JJJ
E nas marchas?!
Ai ai que ricos!



 Boas festas Populares…



Um beijinho com cheirinho a manjerico, para as amigas bloguistas.

Maria Guida