sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vinte e nove de Agosto/Alentejo


Lisboa è Évora è Alentejo
_Vacas, grandes vacas...lol
Dizia o condutor
_E as ovelhas de xisto?
_Vejam tudo em pormenor!

èReguengos de Monsaraz
Não é por aqui
Era ali atrás...
Tanto faz!

Grande central elétrica
Vinhas, lagoas e a mística paisagem
O casario nos montes
Calma, a nossa viagem!

Ao longe a visão se perde
Toca-me a solidão
Imagino uma noite
Neste descampado chão

Rota dos vinhos
Retas sem horizonte
Adegas chamam por nós
Preferimos ir à fonte

Igreja Matriz de Sto António
Olaria de S. Pedro do Corval
Na rocha dos namorados
Com as pedras, nos vingámos J
E esvaziámos ;)
O que ao corpo, faz mal ;)

Até houve quem se despiu
E se vestiu novamente
Apanhámos rosmaninho
E toca a andar, minha gente

Chegámos a Monsaraz
Que vista! Que paz!
Que calmaria! que calorzão!
Foi risota até mais não...

O xisto, o casario brioso, as muralhas e o castelo
A água do Alqueva, as lojinhas, as cisternas, tudo é tão belo!
São marcas da região e nelas nos deixamos, sem querer, perder
No horizonte, a vista  se estende e arquiva o que gosta de ver...

Aqui, até o multibanco é calmo, vagaroso
Ou então estava no gozo...
Houve alguém que se afligiu
Mas no final, o grupo riu ;)

Depois de muito pesquisar
No forno decidimos almoçar
Foi comer até mais não
Eleita a sopa de cação

Já vinha tudo chalupa
E à fonte vieram ter
Será que o vinho deu fruto
Ao que a malta está a ver?

Direitinhos a Mourão
Os olhos muitágua avistam
O azulão e esverdeado
Nos conquistam!

Com Espanha aqui ao lado
Não nos deixámos ficar
Se levámos cus espanhóis
Eles connosco vão levar

Entrámos na Extremadura
Demos de beber ao carro
Uma volta pela vila
Mas não gostámos, carago!

Portugal tem outros ares
Safa-te da Extremadura
Continuemos a viagem
Enquanto o dia perdura

Plo caminho, as figueiras
Só um ladrão foi a elas
O saco ficou cheiinho
Pra estes quatro balelas

Não se podem comer quentes
Porque dão em caganeira
Mais tarde, ...
...Fresquinhos, foram manjar
Debaixo de outra torreira...;)
Com outra familia à beira...

Não se safava a meloa e o melão
Se não fosse o condutor e a vedação
...
Em frente, bem quente, a Aldeia da luz
E no chão sombroso, mais fresco, o cu eu pus,
Tanto calor!
Por favor!

Alqueva, novo destino
Com este sol de rachar
À marina da Amieira
Os pés viemos refrescar

Voltando o sol ao ocaso
É tempo de regressar
Felizes pla romaria
Pensando um dia voltar

Quisemos mais que o já visto
Em Évora viemos parar
Chegámos lá pla noitinha
Descemos do carro e toca a andar

Évora musicada...romântica...Celta, Romana
Marco simbólico, o templo de Diana
A praça do Geraldo, a Sé
Todos em belo convívio
Procuravam casa do alívio
E eu parecia meio xexé...
Valeu, valeu, valeu
Restaurante ali ao pé...

Foi bem tarde que decidimos partir
Neste dia de acalorado curtir
No paladar...
Vinha um faustoso jantar
Vinham cogumelos e sopa de beldroegas
E o azeite tão puro, criado nessas terras.

Foi enriquecedor conhecer muito, do desconhecido
Foi excelente a amizade e o convívio colorido!

Valeu!
Até uma próxima!

15/08/2014


M.G.

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maria guida