sexta-feira, 21 de novembro de 2014

vinte e um de novembro/Um banco na praça



Um banco na praça
Vê que a chuva assombra
O vento que passa.

Sentar-me em ti eu ia
Pensar e,
Escrever uma poesia

Hoje,senti medo ao te tocar
E nesta tarde fria
Esperei você falar

Você chorou e falou
Sentiu-se injustiçado
Sem saber o certo ou errado

Entendi sua razão
Tantos amores no verão
E agora porque não?

_Estou aqui, sem eira nem beira
Sem cor, sem graça
Tudo me abandona na praça

_Fui instituição confiável
Em mim depositaram
Sem desconfiança nenhuma

_Ouvi conversas de amigos
De desconhecidos
Pra tudo eu tinha ouvidos

...Eram aventuras
Segredos e sonhos
Alguns medonhos

_Já não gosto do outono
Numa ausência extrema
E não merecida
Eu vivo o abandono...

Entendi sua razão
Vim contigo no coração
Tantos amores no verão
E agora porque não?


11/11/14

M.G.       

1 comentário:

  1. Esse banco na praça inspirou-te mesmo!
    Sabe-se lá o que te trouxe de recordações!
    Imagino! talvez tardes calmas, manhãs solarengas
    Ou mesmo até "cenas" de partir corações!

    Vai escrevendo vai, estás a ficar cada dia melhor!

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maria guida