quarta-feira, 9 de julho de 2014

nove de julho/Entardecer da minha janela

Entardecer da minha janela


Vejo- me a entardecer,
Como o decorrer do dia
Venho pra janela ver
E faço analogia

Se eu vejo a janela da minha vizinha
Ela por certo que também vê a minha
E há tantos anos por aqui
O certo é que, por lá, eu nunca a vi...

Será que não vai à janela?
Não gosta do entardecer?
Na janela dela o sol ainda bate
Na minha vai-se cedo, pra me entristecer.

Saudades dele aqui deixo por escrito
No peito, este solinho me deixa dor
Uma dor doce, soletrada de amor
É o que eu sinto...mas nem acredito...

Na rua há pouco, outra vizinha encontrei
Senti-a triste, com garganta emocionada
Olhei-a...!Pobre alma torturada
É o que eu sinto...mas nada sei!

Nada sei mas é um outro alguém
Diferente daquilo que eu sou
De que nada sei, enfim...
Mas que me fez ir vida além
Ela me falou e triste andou
E eu me esqueci de mim...

Ela fez-me entardecer...
Há tempos que não a via
E na janela me plantou
A fazer analogia...

Margui


29/07/2014

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maria guida