terça-feira, 18 de outubro de 2011

O sabor do silêncio, em cada partir...


Amo o silêncio, a calma, a solidão...
Vivo-os a cada momento, sem dó ou perdão
Salto cada ideia que não traga doçura
Outra era me pôs, nesta doce brandura…

      Quando era gaiata, não pensava na vida
Talvez sem ideias, andasse perdida…
                 Perdida plos tempos que me eram perpétuos
                …Perfumados de aromas e animados reflexos

Ainda sem refletir…
Vi-me partir…
Andar, andar…
Amar e trabalhar.
Caminhei tanto!
No entanto…
Da tristeza eu fugia
Sempre sorria
Se vencer queria…
Dei tudo com amor e dei duro
 Amei a todos e até cada muro!
                          Embrulhada em cada dia, noite e orvalhada
Continuei perdida…
Nos outros, embrenhada…


Depois, no tempo…
O reaver, de outros partir…
Desfolharam…
…E partiram e voaram
          Também noutra embrenharam…
Com ou sem pensar?
…Não confessaram!

Aí parei e refleti:
_Olha o tempo que percorri!
E, bem cá no fundo eu ouvi:
_Sou outra felicidade…
Esta é uma nova verdade
As tuas sementes são caravelas
Ao mundo, abrem as suas velas
E tu não vais…
        Poder ir com elas…
     Despe-te do passado, do tempo, da mocidade
Estás, noutra atmosfera, não ligues à idade
     Recupera, as horas vividas, com menos prazer
...
A vida é cada presente, fá-lo florescer!


Amo o silêncio, a calma, a solidão
Vivo-os a cada momento, sem dó ou perdão
Salto cada ideia que não traga doçura
Outra era me pôs, nesta doce brandura…

Um dia, que quero bem longe…
No alvor de outro partir
Outro belo mundo, eu irei descobrir…

 Maria Guida



3 comentários:

  1. Guida,
    Continua a amar desta maneira, o teu silêncio a tua calma e a solidão.
    Porque quem escreve um poema assim,só pode amar a vida na sua plenitude.

    Beijinhos tua amiga.

    Aline

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  2. 'E NA CALMA E SOLIDAO
    QUE DESCEMOS AO INTERIOR DE NOS
    'A PROCURA DO EU...
    'E COMO TOCAR O CEU!...
    E COMO NUMA OBLACAO
    A VIDA ACONTECE.
    NESSA INTROSPECAO...
    O MEDO NAO EXISTE
    APENAS A PAZ INTERIOR PERSISTE.

    LINDO POEMA ODRIGADA
    STOWNY

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maria guida