Desta mente não sai nada
Será que estou encalhada?
Ou seria da lampreia
Que preparei para a ceia?
Raio de cilindro alongado
Pôs-me o cérebro em mau estado
Eu agarrava-lhe a ponta
Escorregava-me, feita tonta
Escaldei-a na panela
E depois é que foi ela
A viscosidade era tanta
Que me fez pintar a manta…
Levou tanta esfregadela
E só entrou na panela
Prá famosa cabidela
Após tamanha barrela
Pedis, das melhores especiarias
Sem elas, não há iguarias
Pedis, tinto verde, maduro e vinagre
Bem ao gostinho do abade
Calicezinho do porto
E um pau de louro torto
Não vá o diabo tecê-la
E vossa fama, perdê-la!
Quem tão cara, vos atura
Neste tempo de conjuntura?
Essa vítrea cristalina
Do corpo, olho e narina…,
As sete fendas branquiais
Por onde toda sangrais…
Ai! …tudo me arremina…
Coisa esguia, feita fina!
…
Se não fosse o consorte
Por aqui não tinhas sorte
Se não fosse pla famelga
Não cozinhava esta melga…
Ais, não me levem a mal
Que eu pró ano ralho igual
Desabafos da cozinheira...
maria guida
Olá Guida,
ResponderEliminarTu não paras de me surpreender...!!
Que desabafo em forma de poesia!!
Não gosto deste "cilindro alongado", como tu o chamas, mas adorei o poema. Parabéns!!
Bjs carinhosos.
Patricia
Pois tens razão Patrícia...mas a tipa escorregava-me das mãos e foi esse sólido maluco que me veio à cabeça...:):):)obrigada! beijnho doce e amendoado.
ResponderEliminarmargui
Guida,
ResponderEliminarMais uma vez confirmo o que sempre tenho dito.
Poeta é mesmo assim!
És a maior,a tua imaginação não tem limites e estás sempre a surpreender.
Sortuda esta lampreia que ganhou um poema.
Beijinhos
Aline Rocha
Aline
ResponderEliminarObrigada
os meus vaipes...enfim:):):)
beijnhos linda.
ohhhhhhhhh minha
ResponderEliminare se a comprasses na crissónia?Não te ralavas tanto!!!:):):)como tu brincas com o que escreves!maravilha!...mas olha,não compras a lampreia pq engorda, mas do lanche lá não escapas.
bjocas te logo ou até amanhã
mjesus