quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Voltei àquele palco infantil...

Esta noite…meio acordada…
Senti-me abananada…
Voltei àquele palco infantil
Sonho que fosse, em mês de Abril
...
…Saltitava os trevos no campo orvalhado
A água na poça, ali, a meu lado
As rãs que instigavam, peritas a coaxar
As sanguessugas, húmidas, a espreitar

Molho de ervas que eu via cegar
No verde lenteiro
Com roupa a corar
Branca
O branco de paz
Que bailava no ar…

E no pinhal, mesmo ali
O carro de bois bambaleando, chiava
Eu, criança irrequieta, brincava
Fazia regata
Nos talhadoiros de água que cortava
…Era o meu barco,
De lata,
 ...Que navegava…

Avanço um pouco, já é Maio
No arvoredo espreita o gaio
Subo para o vizinho penedo
E no cocuruto não tenho medo
Pé na cerejeira e fico empoleirada
Cada braço seu me resguarda

Sentada nela, eu comia
Ria e espreitava
Eram cerejas trigais
Gostosas!!! Demais!!!

Hehehehehehe… saudade!!! Porquê  tanto me atiçais???

Maria Guida

2 comentários:

  1. LINDO, LINDO este poema! Foi bom ler isto no meu dia de anos! Fiz tb uma viagem dessas à minha infância. Obrigada, miúda!

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  2. BELO POEMA
    O RETORNO À INFANCIA
    È BOM E DOLOROSO.
    TRAz CHEIROS,PAISAGENS,SABORES,CORES
    LEMBRANÇAS GUARDADAS
    NUM RECANTO DA NOSSA MEMORIA.
    QUE NAO SE ESQUECE!...
    MAS QUANDO APARECE...
    BATE A SAUDADE DESSE TEMPO IDO,
    DAS PESSOAS QUERIDAS.
    E AÌ,SIM, A SAUDADE DOI.

    OH!COMO TE ENTENDO,MANITA DO CORAÇAO.
    BEIJAO
    STOWNY

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maria guida