Esta chuva que me diz:
_A mãe terra agradeceu
Ó quanto ela está feliz!
Também eu fico encantada
Paro, me medito a sós
Com todo o seu musical
Me recordo, de meus avós
Nestes dias de enxurrada
Com eles tanto brincava
A lareira sempre ardia
E a todos nós unia
O fadista, não estava quedo
Era amigo, era brinquedo
Que botija, que pêlo macio
Eu enroscava, acariciava, com brio
A quintã era tão grande
Por todo o lado aquecida
Que cheirosa essa guarida!
O alambique perfumava
E gota a gota, pingava
Que família amada!
Lagos de alma de água
Nos olhos de meus avós
Tinham intenções tão singelas
De senti-las, ri-me a minha mágoa
Para sempre, não estou a sós
Tenho presenças tão belas
Digo isto? Sim, de viva voz!
E com o luzir de uma estrela
Oiço música, brilha-me o algeroz
19 de Fevereiro 2011
Reflexão prazeroza neste sítio, post como aqui está dão valor a quem visitar neste blogue :)
ResponderEliminarRealiza muito mais deste espaço, a todos os teus seguidores.
Quem és tu anónimo?
ResponderEliminarCumprimentos
Lindas memórias de infância, e entes queridos que já se foram, tempos que deixaram saudades.
ResponderEliminarComo a entendo, Maria Guida!
Beijinhos
Que bonito!
ResponderEliminarQuando mais escreve melhor reproduz nas palavras os sentimentos.
Um beijão cheio de amizade, força e muita energia positiva!
Marisa
Olá Guida,
ResponderEliminarLindo poema para recordar tempos felizes e que te deixaram saudades não é? Adorei!!
Bjs grandes.
Patricia
Obrigada a todas pela vossa visita.
ResponderEliminarUm beijinho.
margui
Para os lados do céu, lembras-me o poema de Augusto gil. Batem leve, levemente , como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é certamente..e a chuva não bate assim..Faz-nos bem recordar os tempos em que fomos felizes.
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