Há um sopro que nos nutre, que nos permite a existência
Um hálito que leva nossa jangada em diligência
Nesse sopro, está meu sopro, minha voz, minha essência
… Inconsciente, ou consciente o respiro
Mas a cada noite, odeio o sopro do negro, do escuro
Se durmo …
Não vejo, não cheiro, não sinto, nem me aventuro
… Só existo, porque suspiro
Odeio essa escuridão que esconde todas as coisas
Odeio os habitantes sem rosto, frios e duros como loisas
Lá longe o piar do mocho e a voz aguda da coruja
Fazem com que a negrura fuja…
Aí, eu amo cada aurora que se anuncia
Eu sinto o espanto, a força, beleza e alegria
Aqui sou feliz, mas de tão feliz, também sofro!
Porque…embrenho em perguntas e respostas …
Neste mundo de linhas tortas
Neste bafo, que também sopro!
maria guida
É verdade! Ou parece ter lógica!
ResponderEliminarUm sopro que nos pôs neste mundo, um sopro que nos empurra para caminhar-mos nele e um sopro que ao faltar nos faz sair dele.
Mas quem tem tanto fôlego para soprar assim? Esta incógnita será para a eternidade!
Continua com esse enorme fôlego que pões em tudo o que fazes , do cavaquinho à poesia!
E ISSO MESMO LINDA...
ResponderEliminarA VIDA E UMA MANTA QUE SE BORDA DIA A DIA COM FIOS DE MUITAS CORES,UNS PESADOS E ESCUROS,OUTROS FINOS E LUMINOSOS.
TODOS OS FIOS SAO NESSESARIOS
TAL COMO OS TEUS POEMAS.
BJAO