Senti-me abananada…
Voltei àquele palco infantil
Sonho que fosse, em mês de Abril
...
…Saltitava os trevos no campo orvalhado
A água na poça, ali, a meu lado
As rãs que instigavam, peritas a coaxar
As sanguessugas, húmidas, a espreitar
…
Molho de ervas que eu via cegar
No verde lenteiro
Com roupa a corar
Branca
O branco de paz
Que bailava no ar…
E no pinhal, mesmo ali
O carro de bois bambaleando, chiava
Eu, criança irrequieta, brincava
Fazia regata
Nos talhadoiros de água que cortava
…Era o meu barco,
De lata,
...Que navegava…
Avanço um pouco, já é Maio
No arvoredo espreita o gaio
Subo para o vizinho penedo
E no cocuruto não tenho medo
Pé na cerejeira e fico empoleirada
Cada braço seu me resguarda
…
Sentada nela, eu comia
Ria e espreitava
Eram cerejas trigais
Gostosas!!! Demais!!!
Hehehehehehe… saudade!!! Porquê tanto me atiçais???
Maria Guida
LINDO, LINDO este poema! Foi bom ler isto no meu dia de anos! Fiz tb uma viagem dessas à minha infância. Obrigada, miúda!
ResponderEliminarBELO POEMA
ResponderEliminarO RETORNO À INFANCIA
È BOM E DOLOROSO.
TRAz CHEIROS,PAISAGENS,SABORES,CORES
LEMBRANÇAS GUARDADAS
NUM RECANTO DA NOSSA MEMORIA.
QUE NAO SE ESQUECE!...
MAS QUANDO APARECE...
BATE A SAUDADE DESSE TEMPO IDO,
DAS PESSOAS QUERIDAS.
E AÌ,SIM, A SAUDADE DOI.
OH!COMO TE ENTENDO,MANITA DO CORAÇAO.
BEIJAO
STOWNY